segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Como vender o produto na net? - formas de descrever o produto

Muitas pessoas têm produtos e vendem através da net, das redes sociais, de plataformas de vendas (tipo Etsy ou até OLX). Umas vendem, outras não....

Muitas vezes os produtos até são parecidos, e o preço não é uma questão...
Então, porque é que algumas conseguem e outras não?
Isto até acontece em alguns negócios que já têm lojas on-line.
Na maioria das vezes tem a ver com o destaque que se é dado ao produto, ou até a forma como se vende.
Aparentemente é uma tarefa fácil. Coloca-se o produto e descreve-se o que ele é ou faz. Certo? Nop! A descrição de o produto precisa de vender. Precisa de levar o comprador a contactar, a comprar...
Como fazê-lo?

Cria uma persona

Antes de começar a vender e a comunicar, imagina a quem estás a vender...com detalhes!
E não me venhas dizer que vendes a miúdas de 20 anos, mas também podes vender a uma mulher de 40, mas se uma de 60 te aparecer à porta também vendes...isso é um disparate. Claro que vendes a quem quiser comprar, mas não é isso que estou a dizer.
Lembra-te que quem atira em todas as direções não acerta em lado nenhum.
Uma persona é aquela personagem que imaginas quando estás a criar/construir ou a vender o produto. Podes pensar que não é útil, mas ajuda-te MUITO a usar um tipo de linguagem, um meio de comunicação (não vais vender aparelhos auditivos no Spotify), uma imagem que é mais atrativo para as pessoas que com maior probabilidade vais atingir.
Dá-lhe um nome, define que idade tem, onde trabalha, o que gosta de fazer, que interesses tem, qual a sua disponibilidade financeira...quanto mais específica fores, mais certeira serás.

Responde às aspirações

A descrição do produto não tem (nem é suposto) que agrade a toda a gente. Tem de agradar a pessoa que imaginaste.
Imagina como é que o produto poderá melhorar a vida do cliente, torná-la mais rica, mais agradável...
Satisfaz uma necessidade. Reponde às aspirações... às necessidades - Lembra-te da história: como é que se vende uma caneta? Pede que alguém escreva alguma coisa....
Na descrição do produto, não o descrevas. Responde a: que necessidade é que o produto satisfaz? Responde às perguntas que a tua persona vai colocar.

Sintetiza

Ninguém (muito menos a tua persona) vai querer ler uma descrição interminável de características e detalhes técnicos. Para isso, pede uma "ficha técnica" dos produtos (só para os geeks).
O que querem saber é em que é que o produto lhes facilita a vida.
A maioria dos detalhes do produto só interessa a quem os cria. Se estás a vender fatos de banho, dizeres que são de "tecido mesh com godés no decote entrançado nas cavas, cavas altas e alças cruzadas atrás e cerzido entre-pernas", pode ser 
- "boring", porque o cliente está a ver a fotografia (cavas altas? cruzado nas costas?);
- há detalhes que o cliente normal não entende ou não quer saber (mesh?, cerzido?);
- não responde a nenhuma necessidade do cliente.

Define a linguagem

Quem é o teu destinatário? Definiste a persona? Como a tratas? Por tu? Na 3ª pessoa? Foi tua colega na escola? Sê consistente...

Evita o óbvio

Não faz sentido dizeres que o teu produto é excelente...ias dizer que é "assim-assim"? Se fores a ver todos quando descrevem os próprios produtos dizem que são excelentes.
Por isso, e como não vais dizer outra coisa que não seja que o produto é fantástico, o que obtém os melhores resultados, o melhor é não fazeres juízos de valor e apresentar factos e formas de resolver os problemas do Cliente.

A Formato importa

As pessoas lêem apenas 15% das páginas de internet. Por isso, faz com que olhem para os 15% que importam.
Títulos, sub-títulos em tamanho diferente, imagem, bullet points (tópicos) - ajudam a selecionar o que é importante (ou o que TU queres que seja importante).
Por muito óbvio que este ponto possa parecer, verifica se estás a praticá-lo....

Ajuda-te a seres encontrada

Antigamente para venderes bem um produto tinhas de exibi-lo numa loja numa rua onde passassem muitas pessoas. Para venderes na net tens de vender numa loja onde também passe muita gente.
Como? 
Atraindo as pessoas através das palavras certas. És encontrada se "descreveres os produtos" com as palavras que o teu cliente procura.
Facilita se escreveres para a tua persona (aquela que descreveste no início). Escreve aquilo que a tua persona escreve no Google quando está a tentar encontrar um produto como o teu.
Usa todas as palavras que a tua persona usaria; Usa as palavras chave no títulos, sempre que possível.

E deixa-te ser encontrada e torna o teu produto o must have, custe o que custar!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

HI: Começou o seu negócio aos 7 anos, e já vale mais de 1 milhão de dólares!

Esta História Inspiracional (HI) é bem jovem!
Começou quando uma miúda de 7 anos viu-lhe negados alguns doces pelo pais, pois tinham muito açúcar e faziam mal aos seus dentes!

Fez umas experiências substituindo o açúcar por alguns adoçantes e criou um chupas "amigos dos dentes" das crianças - os Zollipops.
Os chupas, por não terem açúcar, ajudam a manter os níveis de acidez na boca.
Hoje Alina Morse tem 12 anos e vende os seus doces na Toys r'Us, na Amazon, e em importantes distribuidores nos EUA e até já exporta!

O que correu bem?

Problema

Ela tinha um problema/uma necessidade e identificou-a.
Até aqui a maior parte das empreendedoras consegue chegar.

Solução

Depois deu um passo em frente e trabalhou para encontrar a solução. Chegou à "formula" dos chupas sem açúcar - substituiu por Eriytiol e Xilitol (adoçantes).
Continuo a dizer que esta também é a "parte fácil". Muita gente ainda consegue chegar até aqui - aproveita conhecimentos prévios que tem, investiga, procura na net, adota uma "receita" antiga, tem habilidade, enfim...

Promove

A Alina não se ficou pela receita na cozinha de casa e esperou que o mundo conspirasse a seu favor. Também não se ficou pelas "feirinhas" da terra que pagavam o custo dos ingredientes (e só não davam prejuízo porque o pai a levava e não contabilizava o gasóleo que gastava nem o seu tempo de trabalho).
Este negócio só correu bem porque ela criou uma marca e comunicou-o muito bem. "Zollopops - os chupas que são bons para os teus dentes" - não deixava dúvidas a ninguém...clara e concisa! Ninguém tem dúvidas do que ela está a vender (mesmo sem ela estar presente), distingue-os quando estão lado a lado com outros doces e claramente tem um factor que os diferencia de todos os outros. Ela não está a competir com os mais saborosos ou os mais baratos. Ela está a competir com os que não fazem mal aos dentes!

Distribuiu e escalou

Ou seja, não se ficou por vender aos amigos da escola - os chamados 3F's (Family, Friends and Fools). Fechou negócio com grandes distribuidores, que eram quem lhe garantia as quantidades que ela precisava para tornar este negócio de "docinhos", num negócio milionário. Sem medo que lhe copiassem a receita!

E tu? Tens um negócio de "docinhos" e só vendes em feirinhas?

domingo, 8 de outubro de 2017

Cláudio Ramos quer poupar

O Cláudio Ramos que é um jornalista cor de rosa, quis partilhar mais uma experiência pessoal: dicas de poupança (qualquer dia também vou editar um livro sobre a minha experiência pessoal a apreciar os vestidos dos globos de ouro!)!

Se há umas dicas que até podem fazer sentido: poupança de uma percentagem do que ganha, pagar-se a si mesmo primeiro, etc...outras há que, por favor...haja "mínimos olímpicos"...comer só pão com manteiga para poupar no fiambre e queijo!!!!?????
Sim, cada um só gasta (ou deve) aquilo que tem. Se não tem dinheiro para o fiambre....mas isto não é poupar! São contingências da vida! Tal como se eu não tenho dinheiro para ir para as Maldivas, vou para a Malveira! Isto não é poupar...
Está claramente a fazer-lhe falta ler o Chic!

sábado, 7 de outubro de 2017

Há dias assim!

Quem aceita um café?
#Hadiasassim #alguemtemdeterestavida

Ideias de negócios: #5 Franchising

Uma outra ideia de negócios na linha #empreendedor é abrires um franchising.
"Ah..o franchising é uma moda!..." Errado! O nome é relativamente recente e até houve uma altura em que pode ter sido considerado uma moda. Mas franchising, com este nome ou não, já havia na Idade Média, quando os senhores feudais concediam o direito de cultivo das terras a troco de um royalty!!!...Só não lhe chamavam isso!
franchising não é mais do que a cedência de algo (de uma parte do negócio, de uma marca) em troca de uma contrapartida (dinheiro - o royality).
No franchising podes tomar uma posição de #empreendedora (envolves-te no negócio e trabalhas ativamente nele) como já referi, ou evoluir para o nível de #empresária, se conseguires manter o teu distanciamento necessário do negócio.

Os franchisings são como tudo na vida...tem vantagens e desvantagens. Eu diria que é bom principalmente para as mais inseguras e que precisam de ajuda e conhecimentos de um parceiro.
Franchising de padaria

Em primeiro lugar, e já que é na linha #empreendedor e tens que de alguma forma trabalhar no negócio, que seja de uma área que te dê algum prazer...se sempre foste uma it girl, não te estou a ver a vender parafusos. Se bem que euzinha aqui, não sou esquisita. Se der dinheiro....

Por isso, vamos a coisas:

1. Empreendedora ou empresária?

Tens de decidir se vais ser tu ou não quem vai gerir o negócio. Caso sejas a empresária, tens de pensar em alguém que te vá gerir o negócio. Quem vai gerir o negócio tem de ser realmente empreendedor, estar empenhado, ter capacidade de se adaptar, capacidade de ter formação, de pedir apoio e de comunicar.
Quem vai estar à frente do negócio terá de estar preparado para não ter horários, ter estabilidade emocional, noções das limitações e algum conhecimento e interesse pela área de negócio.


2. Que marca a franchisar?

Escolhe a área de negócio em que queres atuar, e escolhe a marca que queres franchisar.
Para isso, tem em conta os custos associados a cada franchising, o setor de atividade e a robustez da empresa.
Entra em contacto com o franchisador/master franchiser ("dono" da marca). Faz as perguntas que tens a fazer sobre a empresa, os sócios, a robustez da empresa, a forma como trabalham, a estratégia de expansão que têm para os próximos anos.

3. Quanto queres investir?

Hoje em dia há de tudo. Podes investir em marcas já muito conhecidas e pertencentes a grandes redes, como a MacDonalds, a Wells, a Mini-Preço, o Meu Super, NoSolo. Nestas marcas, além de ter um investimento inicial bastante alto, geralmente tens de passar por um processo de seleção do master franchiser.
Podes também optar por franchisings low-cost. Há hoje em dia franchisings desde €5000 a €10000. Por exemplo, se gostares de parafusos tens a "Querido Mudei a Casa" (não precisam agradecer a publicidade!), com uma entrada de €5000 e um royalty de €170 + 4% e 1% de taxa de publicidade. Perguntas tu: "..e porque é que eu não pego no berbequim (se soubesse) e crio uma empresa e não pago nada disto a estes tipos?" Porque eles tiveram um programa de televisão (aliás, só depois disso é que criaram a empresa - 2014), têm uma parceria de remodelações com a Remax (de nada, esta também é por conta da casa!). E um cliente contrata mais rapidamente a "Querido" para fazer remodelações do que a "Chic do Berbequim"...
Pensa que capital tens e quanto queres investir.
Procura as oportunidades de franchising disponíveis no mercado no Instituto de Informações em Franchising. Podes procurar e selecionar por investimento inicial ou setor de atividade.

3. Escolhe o melhor local

Não vais poder abrir o franchising que escolheste onde queres. Até porque o master vai garantir uma zona exclusiva a cada um dos franchisados pelo que se já está alguém na zona, não poderás explorar essa zona.
Mas além disso, os outros franchisados não são a única concorrência. Não és a única pipoqueira a vender pipocas! Olha se há pessoas na zona que precisem, queiram e estejam dispostas a comprar aquele tipo de produtos e qual a concorrência que já existe.

Vantagens

1. Negócio já testado

Em primeiro lugar, um franchising é um negócio já testado. Ou seja, tens a vantagem de não ir para o mercado "às cegas", testar um modelo de negócios, um produto novo. Supostamente não tens que arriscar porque é uma ideia que já "venceu" à partida noutros espaços/mercados.
Por isso, não escolhas um franchising Zé da Esquina que ninguém conhece...é suposto ser um produto testado e não de um curioso que está a lançar um franchising.


2. Uma marca conhecida

Tal como é mais fácil com um produto testado, uma marca conhecida ajuda (e muito) a vender alguns produtos. Se eu tiver uma loja da Imaginarium, entro nos Centros Comerciais com facilidade e vendo mais brinquedos do que se tiver os brinquedos "ChicToys", que só para entrar nos Centros Comerciais é um Carnaval, e depois não vou vender tão facilmente os produtos, pois a minha marca não é conhecida à partida.
E construir uma marca...é muito caro (não criar uma marca, que é fácil e barato), mas construir uma marca reconhecida. Em que as pessoas comprem, porque estão a comprar aquela marca.


3. Formação

É também uma boa solução para quando não conheces em detalhe o negócio em que queres entrar. Eu teria dificuldade em abrir uma clínica de depilação, apesar de achar que aquilo é só comprar umas máquinas e contratar umas esteticistas...mas não conheço as máquinas, não sei como escolher as melhores esteticistas, tenho dificuldade em perceber que margem de lucro se pratica neste tipo de negócio...enfim...meio caminho andado para o precipício....
A maioria dos franchisadores/master franchisers dão formação inicial e formação periódica de forma a que a "forma de fazer" o negócio seja equivalente em qualquer unidade de franchising. Tanto formação operacional como formação de gestão do negócio.

4. Publicidade e Promoção

Englobada num grupo maior, tens acesso a meios de publicidade que sozinha nunca terias. Por exemplo, uma lavandaria isolada nunca teria capacidade para fazer uma grande publicidade além de uns folhetos pela vizinhança, uma página de Facebook e eventualmente um site (uhuuuu último grito nas lavandarias!!!!).
Integrada numa cadeia de lavandarias e todas elas contribuindo para o "bolo da publicidade" (vê mais abaixo quando eu falar dos custos), consegues que a tua marca de lavandaria tenha acesso a revistas, muppies, rádio, televisão, site, Facebook pago, anúncios Google...depende da dimensão do franchising! Por isso, mais uma vez, não escolhas o Zé da Esquina Lavandarias.

Desvantagens

1. Custo

Os custos diretos são 3:
- O direito de entrada, que é o custo que se paga por se "aderir" à rede. É pago uma única vez, na altura da adesão/assinatura do contrato. Pode estar aqui incluído ou não o investimento inicial de instalação do negócio. Quando não inclui, este valor está a pagar a adesão à rede, os custos de criar o franchising, o design, a formação inicial, o marketing já realizado, etc.;
- O Royality que é um pagamento recorrente (geralmente mensal) que se paga por utilizar a marca. Pode ser um valor fixo ou uma percentagem do valor das vendas;
Taxa de publicidade: alguns franchisings cobram taxa de publicidade que são, supostamente para cobrir os investimentos que fazem em publicidade para a marca.

Como disse e dependendo do contrato e da marca, o investimento inicial pode não estar incluído no direito de entrada. Por isso, podes ter ainda os custos da instalação do negócio (geralmente não no edifício, loja ou escritório que podem ser alugados) mas da sua montagem (obras, equipamento, decoração, etc.).

2. Falta de liberdade

Ao assinar um contrato de franchising vais estar condicionada às regras (preços, produtos, design, regras operacionais) definidas pelo negócio. Por isso, vais ter a liberdade limitada no que diz respeito a implementar novas estratégias ou algo inovador, mesmo que te pareça muito oportuno para o negócio (por exemplo mudar a configuração ou design do espaço, oferecer um serviço adicional, ter uma campanha de marketing paralela, etc.).

Só para terminar, quem estiver mesmo interessado neste tipo de negócios, a Expofranchise vai acontecer no Centro de Congressos do Estoril a 30 de junho e 1 de julho.

Podes ainda optar por franchisar um negócio que já tenhas e que esteja a resultar, ou ainda, um negócio, que exige mais investimento, mas que pode ser mais interessante que é trazer uma grande marca para Portugal e tornares-te a master franchiser da marca em Portugal!

Qualquer que seja a tua posição, o meu conselho de amiga é que procures o conselho de um advogado na altura de assinares o contrato de franchising. Há muitos pormenores que te podem "passar ao lado", e não vamos querer aborrecimentos mais tarde!

Boa escolha e bons negócios!

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Snapchat?...eu avisei

Pois é...eu avisei...
Apesar das mais distraídas ainda acharem que Snapchat é o mesmo que Facebook, Instagram ou Twiter, como investimento claramente não é.
Logo após o IPO eu sugeri que fizesses a tua leitura e até te mostrei a minha (aqui).
Entretanto, e passados 6 meses, vamos ver se tínhamos razão....

Depois de terem sido admitidas a cotação a $16, e terem chegado euforicamente aos $25 imediatamente depois, hoje estão a $14,99!!!
Mais, com umas volatilidades intermédias em que só os muito atentos e que não fazem mais do que andar com o nariz enfiado nos gráficos da Bloomberg conseguiam fazer uns trocos!!!
Quem avisa, amiga é!