Sim, era bom...trabalhava-se e ganhava-se dinheiro. Por um lado, havia a estabilidade económica de uma vida que permitia fazer os planos que a vida da classe média admitia nos anos 80 e 90.
Do outro, havia uma "mais ou menos" garantia de que o bom trabalhador, em quem a empresa ia "mais ou menos" investindo em "mais ou menos" alguma formação se mantinha na empresa.
Mas os abusos não se fizeram esperar: por um lado a formação e incentivos de carreira começaram a ser cada vez menos, e os bons trabalhadores mudavam de emprego. Na empresa ficavam os acomodados.
Havia os que trabalhavam, e muito, mais horas do que as que eram pagas/reconhecidas (estes somos sempre o NÓS da história), e os que chegavam tarde, deixavam o casaco, faziam pausa para o café e o cigarro, mostravam trabalho por 20 minutos, saíam para almoçar, voltavam 2 horas depois, saíam para tomar café, voltavam para trabalhar mais 20 minutos, buscar o casaco e sair (estes são sempre os OUTROS da história).
Do lado da empresa havia pouca flexibilidade para trocar um funcionário por outro.
Passou-se a outro abuso. Trabalhos precários: recibos verdes e estabilidade zero.
Mas será assim tão mau?
É mau quando se trabalha independente como se se trabalhasse por conta de outrem: para uma entidade, dependente de um único salário, dependente do que um empregador está disposto a pagar, quando está disposto a pagar.
Pode ser bom se:
1. Não estives dependente de um único empregador
Oferecer os teus serviços a várias entidades, permite-te negociar horários, condições e rendimentos.2. Diversificares as tuas fontes de rendimento
É a chave de ouro para passares de precário para independente. Não estares dependente de uma fonte de rendimento é a fórmula para poderes ter a segurança que um emprego "para a vida toda" te podia proporcionar. Fazer todos os projetos que tens em mente.3. Não tiveres um emprego das 9h às 17h
Entrega valor. Não troques tempo por dinheiro. Tempo é o teu bem mais valioso. Hoje em dia, um emprego por conta de outrem é trabalhar horas sem fim por algum dinheiro, sem hipótese de crescer muito!4. Precisares de Flexibilidade
Sim. Essa grande virtude que ao contrário do que muitos pensam não é trabalhar menos, mas é antes, gerir o teu horário. Teres tempo para as tuas coisas, para os teus filhos (se os tiveres), família e também entregares todo o teu valor quando reservaste tempo para isso. E aí dar o teu melhor e dar tudo de ti para entregar o teu máximo!
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