Têm surgido uns estudos que dizem que cada vez mais os millennials (pessoas nascidas entre 1980 e 2000) não gastam o seu dinheiro em casas e carros.
Porquê? As "Marias-comadres", que dizem mal de tudo, dizem que é pelo efeito da crise, e que coitados ganham pouco, que são a geração "mais que rasca", dos estágios, dos salários mínimos, dos desempregados que nunca tiveram emprego...
Mas também são a geração do iPhone na mão!
Ah pois é...a geração que não sabe o que é não ter férias fora de casa, "porque tem direito".
A geração que tem um salário, e ainda "pedincha" sobrevivência aos pais que não sai de casa deles.
A geração que não vai viver para a própria casa, porque isso implica sacrifícios (que os seus pais fizeram!).
Mas estou a desviar-me da questão. Não todos, mas a grande maioria da geração Y (dos jovens millennials) pode sim comprar uma casa e um carro mas não o fazem porque não querem.
Eu não os levo a mal. Antes pelo contrário!
São jovens que não querem ter encargos com as casas e que não se querem fixar indefinidamente numa cidade, sabem que não vão ter um emprego para a vida, por isso, preferem alugar e pagar uma renda.
Não querem ter os encargos com um carro (que são muitos) e andar de Uber. O carro já não é símbolo de sucesso na vida e ainda bem.
Hoje em dia estes jovens gastam dinheiro em tecnologia (iPhones, iPads, Playstations, Xbox, relógios desportivos, televisões, etc.) e principalmente em experiências. Viajar, fazer safaris em África, conhecer o Camboja, fazer voluntariado no Senegal, estar com os amigos, ir beber Gins à noite, Sunset parties (saudades!), PTs, ginásios, fazem desportos radicais, restaurantes gourmet, enfim...
Há algum mal nisso? Nenhum.
Nem financeiramente. Até porque nem a tua casa nem o teu carro são Ativos que sejam fonte de rendimento para ti. Antes pelo contrário. São fontes de despesa.
Até aqui, millennial ou não, estamos todos no mesmo barco.
Agora, tu que és uma miúda voltada para o ganhar dinheiro, em vez de ser poupadinha, toca a explorar a situação....explorar no bom sentido....se há quem queira comprar, então vamos vender.
Não compram, alugam casa? Vamos apostar no mercado de imobiliário de aluguer. O Trump enriqueceu com o imobiliário (mais na vertente da construção, é verdade, mas também no aluguer - hotéis e apartamentos), a Barbara Corcoran (começou e ganhou conhecimento do negócio a alugar apartamentos de outros como side job!)...
Querem experiências, vendemos experiências. Os jovens já não vão à Abreu comprar circuitos...acham que são "viagens de manada", segundo eles. Embrulhamos a coisa diferente. Vamos em viagem tailor made para o Vietname (é igual às 500 anteriores, deixamos que escolham o hotel onde querem ficar - romântico, luxo, pitoresco, mas chama-se tailor made, e assim eles gostam! e compram.).
Querem sunset parties? Boa. Aproveitamos o bar que só explorávamos mais tarde e pomos a coisa a dar dinheiro mais cedo!
Querem tecnologia? Além de não terem carro, deixaram de andar de taxi. Andam de Uber...é a mesma coisa...pronto é mais limpinho. Mas a diferença é a conveniência tecnológica. O teu negócio tem de passar a ser tecnologicamente eficiente. Olha o que fez a Tamara Mellon com o negócio dos sapatos!
O teu negócio pode ser o que tu quiseres que seja. Adapta-o e vende-o como o teu público quer comprar!
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