Se estamos a incomodar, é porque estamos a fazer um bom trabalho!

Não é fácil enfrentarmos as críticas. Lidarmos com elas. Sentirmos uma auto-confiança tal, que continuamos o nosso trabalho, aquilo em que acreditamos, apesar das criticas de que somos alvo.
A reação mais fácil e normal é dizeres: "ah pois...claro que tens razão. Era mesmo isso que eu estava a pensar. Não claro que não vou fazer nada daquilo" - reviras os olhos e rematas...- "óbvio..acreditas que eu alguma vez iria fazer uma coisa dessas?".
Acontece com tudo: quando decides mudar de emprego, ter uma nova relação, fazer um investimento novo, escrever um livro, propor um novo projeto...enfim...expores-te um pouco mais...
Resultado, para evitares as críticas, continuas a fazer tudo da mesma forma, da forma como sabes que vais ser "aprovada" pelos outros e a fazer as mesmas coisas. Conclusão: fazes as mesmas coisas, tens os mesmos resultados!
Vale a pena perceber porque é que os outros nos criticam...os vários tipos de críticas de que somos alvo:

1º Dos que gostam realmente de nós

São as mais difíceis...mas também as mais raras - cuidado porque muitas vezes confundimos as outras com esta situação. Esta é mesmo muito rara.
É a crítica da mãe, do marido, da melhor amiga...mas quando é mesmo amiga...
Eu digo que são as mais difíceis de lidar porque são pessoas que com medo que nos aconteça o mínimo risco, prefere dizer-nos, "não arrisques". E o resultado nem sempre é o melhor.
Achas que a mãe do Cristóvão Colombo o mandou para o Brasil? Achas que a mãe do Bill Gates o mandou desistir da faculdade para fundar a Microsoft? Porque é que achas que a Michel Obama foi tão reticente à candidatura do marido? Porque, claramente, para vencerem não escolheram o caminho mais fácil, e as mães sabiam que viriam aí dificuldades...muitas...e as mães não gostam de dificuldades...
Se o Bill Gates tivesse ouvido a mãe, não tinha tido tantos problemas, é verdade...teria acabado o curso de Matemática e provavelmente estaria reformado de dar aulas numa secundária qualquer...

2º Os que gostariam de estar como nós

São as que eu chamo "invejosas". Gostariam...digo mais, adorariam...davam o dedo mindinho para estar no nosso lugar...
Para não nos distanciarmos ainda mais delas, fazem tudo para que não evoluamos. Sabem (o que ainda é mais grave) conscientemente, que nos será difícil lidar com uma crítica. Torna o processo, que já é tumultuoso, ainda mais difícil. Por isso, em vez de lutarem e mexerem o rabo do sofá para evoluírem e estarem como nós, tentam "puxar-nos" para o nível delas...rebaixarem-nos...
São mesquinhas....mas para elas é um caminho fácil.
Sabem o que lhes digo? Nada..olho para elas de lado e..."beijinho no ombro!"

3º Os que têm medo que sejamos como eles

São os/as que já atingiram algo que estamos a lutar por conseguir, mas têm medo que se formos como elas, se produzirmos os mesmos resultados, lhes façamos sombra.
Às vezes acontece dentro das empresas e das organizações...As mentezinhas recalcadas e fechadas são tão limitadas que não percebem que eles só crescem se as próprias equipas também evoluírem (mas "isso são outros quinhentos").
Provavelmente...sendo recalcadinhos, o que vai acontecer é que estão tão preocupados a olhar para baixo, que se esquecem de olhar para cima...e não crescem! Azar o deles...é bem feito!

4º Os treinadores de bancada

Do género dos programas de comentários de futebol de segunda-feira....do tipo vizinha mal dizente que tem sempre que dizer mal...se fazes vermelho, critica porque é vermelho. Se fazes amarelo, critica porque é amarelo...ou seja, vai sempre criticar...No fim se te deste mal (coisa praticamente improvável), diz..."eu bem disse" - pudera, disse sempre mal...Se te deste bem, diz: "Eu sempre achei que a miúda era especial, eu previ isto desde início!" (tem sorte, porque não nos damos ao trabalho e não costumamos gravar estas conversas!!).

E é isto. Por qual destas críticas achas que vale a pena desistir daquilo em que acreditas?