sábado, 10 de dezembro de 2016

O casamento não é romântico. É um contrato com consequências financeiras

Pronto...choquei as minhas amigas todas! Já estou a vê-las a coscuvilhar.... (desculpem a discutir ideias, porque as minhas amigas não são coscuvilheiras!):
- "Pareces a minha mãe a falar!"
- "Entre amor e o dinheiro, a segunda vem primeiro!"
- "Deves ter casado por amor, porque interesse por ele não tens nenhum!"

Romântica, é a relação que temos com a outra pessoa. As trocas, as experiências. A espera do telefonema a meio do dia, a surpresa das flores, o convite para jantar que não esperávamos... isso não é casamento.
Os casamentos (oficiais ou não - mas principalmente os oficiais) são projetos. Projetos de vida em comum que queremos ter com "aquele" sócio.
Para isso, dividimos tudo. Nomeadamente objetivos, aspirações, projetos de vida e dinheiro. Caso contrário não funciona...Nunca passará de uma relação ou se evoluir um bocadinho até de um namoro...damos-lhes no limite a categoria de "estou numa relação" (estado civil mais degradante de todos!!!!).
Se passar a casamento...amiguchas arranjem um advogado de divórcios, pois vai sair-vos caro!...aquela história das pensões, é nos filmes, ou para as "espertalhonas" que casaram com as contas bancárias deles!!!!

Cada casal tem a sua maneira de gerir as suas contas lá em casa. Há quem tenha contas conjuntas...eu tenho, mas também tenho as minhas contas individuais (eu acho importante termos contas individuais, mesmo sendo totalmente transparentes e não tendo nada a esconder). Quando as finanças dele estão mais complicadas com um pagamento, eu estou lá. Quando eu estou em maiores apuros, ele está lá. No entanto, cada um de nós é, grosso modo, responsável por um tipo de despesas lá em casa...ele trata das contas de fornecedores, eu trato das compras e abastecimentos....Foi o nosso modo de gerir e tem funcionado bem.

Algumas amigas minhas não falam no assunto dinheiro antes de irem viver com os namorados/maridos. Antes de dizerem "Sim" ao pedido de casamento...que não tem a ver com gostar, com amar...até podiam casar na mesma, mas com base em toda a informação sobre em que projeto estão a embarcar...
Sabem qual é a condição financeira dele? Ele sabe a vossa? Sabem se têm dívidas? Têm capacidade ou propensão a poupar e investir ou mais propensão para gastar?
Pode não ser assunto para o primeiro encontro, mas à medida que a relação evolui, são temas que não podem ser evitados...
Principalmente: OBJETIVOS. Uma relação jamais terá futuro se ambas as pessoas não tiverem os mesmos objetivos de vida. "Onde/como queremos estar, no próximo ano, nos próximos 5 anos, 10 anos?", "Queremos comprar uma casa?", "Queremos ter quantos filhos?", "Queremos educá-los em escolas privadas/públicas?", "Como é que queremos gastar o dinheiro que ganhamos?", "Queremos ter férias fora todos os anos?", "Queremos ter uma carreira fora do país?", "Como queremos investir o dinheiro que ganhamos?".
Comuniquem com os vossos "mais que tudo"...Tenham uma relação com quem realmente está ao vosso lado e não com quem vocês querem que esteja ao vosso lado!
Se a vossa relação não resiste a uma conversa destas...esqueçam. Não estão com o companheiro certo....corrigindo, não estão com um companheiro.

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